HOMOSSEXUALISMO É DO REPERTÓRIO

O zoólogo inglês Robin Baker faz uma reflexão interessante sobre o homossexualismo do ponto de vista evolutivo. Segundo ele todo mamífero evolui com um repertório de comportamentos sexuais. Isso ajuda na adaptabilidade, o comportamento único pode ser uma ameaça, um risco. Baker reconhece dois comportamento “gays” como os mais comuns: o homossexual exclusivo e o bissexual.
Os bissexuais são explicados evolutivamente como um tipo de comportamento que expande a duração da vida sexual masculina, antecipando. Assim, o bissexual já começa a ter uma vida sexual ativa aos 8 ou 9 anos, chegando na maturidade experiente, o que só acontecerá num heterossexual aos 16 ou 18 anos. No ambiente ancestral a vida era curta e dois ou três anos de vida sexual ativa a mais poderia resultar numa grande vantagem.
Assim, o bissexualismo evoluiu com a espécie e continuou existindo por trazer uma clara vantagem evolutiva. A atração sexual pelo mesmo sexo seria uma espécie de subproduto, já que o bissexual não consegue distinguir bem a diferença de gênero, para ele uma ambiguidade.
Diz Baker que os bissexuais são pessoas de vida agitada, que fazem muitas escolhas difíceis baseadas nos desejos e estão sempre mudando. Estão programados para começarem cedo, viverem intensamente e morrerem aos 25 ou 30 anos. Na vida ancestral essa era uma estratégia de sucesso.
Os homossexuais exclusivos são explicados de forma mais prosaica. Diferente do bissexual que têm na diferença gênero uma ambiguidade, o homossexuais exclusivo é seletivo, mas escolhe o mesmo sexo. Segundo Baker a resposta está na análise estatística. Enquanto a população de bissexuais está em torno de *8%, podendo variar regionalmente, os homossexuais exclusivos têm uma taxa fixa de *1,7%. Esse número tem um significado especial por tratar-se de um índice conhecido de algumas variações genéticas bem estudadas.
Assim, ambos, os “bi” e os “exclusivos” são partes do repertório dos nossos comportamentos sexuais e devem ser devidamente respeitados.
Mas, esse raciocínio também pode levar a algumas conclusões não tão interessantes.
Se considerarmos os bissexuais e homossexuais como pertencentes legitimante ao repertório humano, muitos outros comportamentos podem também ter esse reconhecimento como o pedófilo, o estuprador, o heterossexual exclusivo e agressivo, etc. Todos eles podem ser explicados dentro de uma perspectiva evolutiva, e não serem classificados como “doenças” ou “desvios”.
Isso prova que os critérios zoológicos e evolutivos não podem serem usados como justificativa para dar ou tirar um direito. O gay deve ter todos os seus direitos respeitados não por ser “diferente”, mas por ser humano, por ser um indivíduo, um ser único. Seus direitos vão até o limite de quando começa o direito do outro ser humano. Não importa que o estuprador ou o pedófilo não possam controlar suas emoções. Suas práticas invadem os direitos de outras pessoas e devem ser tratados no rigor da lei. Nesses casos a lei, o direito, está acima da biologia.
O mesmo pode se dizer do lado ético daqueles que, tendo um comportamento “diferente” não afrontam a lei.
Assédio, aliciamento, constrangimento e atentado ao pudor, também são crimes.
É necessário que a lei ofereça as condições necessárias para a realização do indivíduo, mas também é necessário que cada variação desse nosso imenso repertório sexual respeite a outra, que seja estabelecida uma “etiqueta”, uma ética, um modo de convivência, onde cada um se realiza dentro de sua sexualidade sem atrapalhar a vida alheia.

* Não tenho segurança desses números, carecem de verificação.

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