PELA CONTINUIDADE DAS FORÇAS POPULARES NO PODER


Lula fez ontem, dia 12 de dezembro, a maior ameaça que pode conceber numa entrevista dada na Europa; disse que será candidato a sucessão de Dilma.
Ora, esse não seria nem o momento certo e nem a atitude certa. Política se faz com sincronismo, existe momento para tudo. Lula lançar a própria candidatura agora seria decretar o fim do governo Dilma, desautorizar a presidenta a tomar qualquer atitude, transformá-la num mero enfeite. Lula, nesse momento, está sob ataque o que contaminaria toda a ação do governo, ampliando a possibilidade de derrota.
O correto seria reforçar o governo de Dilma, que até agora passa incólume pela crise. Ela é a parte boa da história. Lançar a candidatura de Lula agora é contaminar o que está indo bem com o mal feito que não pertence à moça.
A atitude de Lula é impensada e emocionalmente desequilibrada. Joga para agradar a sua própria vaidade e a militância petista, neopetista e petistófila.
Nesse momento a direção do PT perdeu completamente qualquer a visão estratégica, é guiado pelas necessidades imediatas, pela crise do momento, criadas ou não pelo Zé Dirceu, e pautado pela imprensa conservadora.
É necessário às forças populares, democráticas e de esquerda se reagruparem em outro núcleo, que ajudem Dilma e se distanciar da crise e chegar bem em 2014, já que o atual núcleo que dá apoio a presidenta está completamente paralisado.
Em 2014, aí sim, devemos agrupar forças para criar uma opção sem conexões com as crises atuais, para dar continuidade aos projetos de desenvolvimento nacional baseados na independência e no progresso social que foram iniciados por Lula e continuados por Dilma.

Comentários

Brega Presley disse…
Não sei se impensada. Por exemplo, a partir de agora, qualquer ateque ao Lula será tratado como "campanha sórdida de quem não o quer na presidência".

Há pouco tempo atrás não tinha ficado, mais ou menos, claro que a Dilma seria a candidata?

E o interessante é que, independentemente do Valério ser ou não mentiroso compulsivo, há toda a questão dos bebês de Rosimery. Por exemplo, quem é o "pai" dos nenês?

O que mais me assusta é a dificuldade orweliana de separar quem são os porcos de quem são os seres-humanos.

Abraços no Maluf, beijos e afagos em Sarney e Collor são um desrespeito a memoria de quem foi preso, esfolado e morto pela ditadura. Ditadura esta que, entre outras coisa,s queria um controle acentuado sobre a imprensa.
Bom comentário. Acho que o pragmatismo político as vezes criar posicionamentos confusos como esse. Você está certíssimo.

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