PESCARIA ELEITORAL

A eleição é como uma pescaria. Os candidatos são os pescadores e os apoios recebidos os peixes. Um pescador que fisga muitos peixes graúdos tem mais chances de levar a melhor que outros que só fisgou três ou quatro piabinhas. O problema é que muitos desses peixes, os maiores, são espertos e traiçoeiros, comem a isca, fazem de conta que estão fisgados, quando o pescador está confiante, fogem sorrateiramente de volta ao açude, para procurar outro anzol mais suculento. O pobre pescador, então, prepara nova isca, fisga novamente o mesmo peixe e o processo se repete, novamente e novamente.
Assim, o pescador inteligente e moderno não coloca o anzol na água no começo da temporada, com peixes gananciosos, querendo iscas gordas, grandes. Não, ele aguarda, vai pescando pelas beiradas, caladinho, pegando os peixes menores para não despertar a atenção dos maiores e no momento certo, já perto do fim da pescaria, lança todas as suas iscas para pegar os grandes, aqueles que já fugiram dos anzóis dos incautos. O bom pescador não é aquele que passa o dia no açude e sim o que começar e terminar a pescaria no menor tempo possível, gastando pouca isca e pegando muitos peixes.
Qualquer prefeito ou vereador desse Brasilzão conhece essa regra, menos a presidenta da República.
Quando se decreta o início da “pescaria” muito cedo paga-se caro, e o pior, não se garante que os peixes graúdos estejam no seu bisaco no final da pescaria.
Dilma antecipa a eleição, reduz sua chance, revela seus planos, inflaciona o mercado fisiológico que hoje ela é cliente e permite que alguns peixes sofram uma tremenda metamorfose, pasmem, tornem-se pescadores.

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