tag:blogger.com,1999:blog-10961037429603392552024-02-19T04:52:50.922-03:00CHAMA & PAVIOPrepare seu coração!Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.comBlogger106125tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-33336085150211612662019-11-05T11:19:00.002-03:002019-11-05T11:19:26.466-03:00APRENDIZ DE FEITICEIRO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcqRcJ5Xp2rBSDuu0AuCtBxYYrdIOOX83Ove2lueTUkAyEOzb7VJxF4KX11t5HeyZXrbj5C0wTCaku8rnAEAJUymR1xIrJceAq2p2eGJHaMa7Srl8m_foc1SsUXkAooGKDr_BiVwXOu5ZI/s1600/fantasia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="455" data-original-width="606" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcqRcJ5Xp2rBSDuu0AuCtBxYYrdIOOX83Ove2lueTUkAyEOzb7VJxF4KX11t5HeyZXrbj5C0wTCaku8rnAEAJUymR1xIrJceAq2p2eGJHaMa7Srl8m_foc1SsUXkAooGKDr_BiVwXOu5ZI/s320/fantasia.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
No filme Fantasia da Disney Fantasia de 1940, um dos segmentos mostra Mickey como um jovem auxiliar de cozinha que no desejo de não trabalhar rouba o chapéu mágico de seu mestre Yen-Sid e dá vida a várias vassouras para encher o caldeirão de água e esfregar o chão enquanto ele descansava. A mágica, entretanto, sai do controle e destrói o castelo. A parte moral da história é que não se deve usar mágica sem ser um feiticeiro competente, sem a devida formação.<br />
Com a confirmação que a mancha de óleo nas praias teve sua origem num navio grego, que já foi ligado a Petrobras e que trata-se de um ato criminoso, terrorismo, (leia no Antagonista os detalhes), a CPI proposta pelo deputado calouro João Campos pode facilmente transformar-se numa extensão da Lava Jato dentro do Congresso Nacional. Não apenas isso, pode prejudicar profundamente o negócio turístico no Brasil, ceifando empregos e falindo empresas. É um desastre. O próprio presidente Rodrigo Maia já deu um puxão de orelhas no rapaz.<br />
Um bom político é construído em muitos anos de prática, êxitos e derrotas. Esse tipo de memória não é transmitido pelo DNA no momento da fecundação.<br />
<br />Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-26019071207661563572019-01-30T09:15:00.001-03:002019-01-30T09:15:57.420-03:00MINHA BIBLIOTECASou um colecionador de livros, mas não um grande leitor. Quando recebi meu primeiro salário em 1984, como estagiário da FIDEM, fui à Livro 7 e torrei até o último centavo. Cheguei em casa liso, mas com uma sacola cheia de livros, entre eles as obras escolhidas de Lenin, em três volumes da Editora Alfa-Ômega, e A Origem das Espécies de Charles Darwin. Para mim eram obras obrigatórias, mesmo que fossem apenas para uma consulta ocasional. Há vinte e cinco anos, desde que surgiu o livro digital, passei a juntar todos os mais relevantes que chegam às minhas mão. Acreditem, tenho muitos milhares, sobre todos os assuntos, de marketing político a engenharia siderúrgica, de física quântica a culinária brasileira do século XIX.<br />
Possuo hoje cerca de 8 mil livros relevantes, desse total 1.850 estão devidamente e rigorosamente catalogados. É um trabalho em andamento. No total são cerca de 2 milhões de páginas escritas. Caso eu decidisse apenas ler minha biblioteca, no meu ritmo mais acelerado de leitura, algo como 80 páginas por dia, sem interrupções, levaria 70 anos, ou seja, seria necessário mais duas encarnações para liquidar o acumulado.<br />
Claro que é uma sandice achar que li todos, mas conheço todos, autores, assuntos, extensão e profundidade. Li pelo mesmo o sumário da imensa maioria e um capítulo de parte considerável. Gosto de pensar em minha biblioteca como um “conhecimento potencial”, algo que está a minha disposição caso eu deseje, por exemplo, aprender novamente Cálculo, Álgebra Linear ou realizar meu sonho de infância aprendendo a construir um avião supersônico.<br />
Uma grande biblioteca me mantém intelectualmente faminto e perpetuamente curioso. Mas, como disse no início, não sou um grande leitor pois quando leio um livro inteiro ele revelou-se, deixou de ser atraente. Um livro lido é quase desprezível. Minha atração pelos livros é similar a que tenho pelo decote das mulheres, são belos quando revelados apenas em parte, quando existe algo escondido ainda não conhecido.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-69834724153099171102018-12-17T08:02:00.003-03:002018-12-17T08:02:10.816-03:00O CALUNDU E CACORÉ DE ESQUERDALembrei há pouco uma canção do menestrel Elomar chamada “Calundu e Cacoré”. Para quem não sabe são duas palavras indígenas que guardam uma contiguidade entre si: “calundu” significa raiva, “enfezação”, revolta introvertida. Já “cacoré” é a consubstanciação do calundu, o ato de transformar o calundu em substância, dar materialidade. Um exemplo: o cidadão descobre que sua esposa está saindo com seu melhor amigo, aquilo transforma-se num calundu, ele fica cismado remoendo a situação num canto qualquer, triste, com raiva, até que resolve acabar com tudo, vai lá, encontra o casal e no cacoré comete o trágico ato de atirar em ambos e depois em si mesmo.<br />
A esquerda nos últimos vinte anos resumiu-se a criar calundu e tentar transformar em carcoré. Nunca vi tanta gente enfezada, irritada, revoltada na minha vida. O mundo é cruel injusto e incorrigível e igualmente vazio, triste e perverso.<br />
Um colega da Casa do Estudante da UFPE, nos tempos do Regime Militar, falou que a ditadura estava em todos os lugares e que era invencível, eu respondi que se realmente fosse invencível estávamos derrotados e nossa luta era vazia, ele retrucou dizendo que nosso papel era de resistência. Brinquei afirmando que o diabo era resistência a Deus e arranjei um inimigo, até hoje.<br />
A estratégia “gramsciana” de criar um grande caroré por intermédio da união de pequenos calundus localizados em setores propícios ao calundu é cruel, triste, vazia, propícia a injustiça e perversa. Não quero isso para mim.<br />
A promessa do marxismo é outra e não um cacoré. É a construção de uma sociedade nova, um novo homem, um fazer-se maravilhoso. Recentemente fiquei sabendo que no pós-guerra foram produzidos na URSS sessenta milhões de apartamentos e distribuídos gratuitamente. Eram entregues completamente mobiliados e funcionais. O Brasil atualmente tem 59 milhões de famílias, seria equivalente a dar um apartamento a cada família do Brasil e ainda sobrar um milhão para o futuro. Isso sim, seria uma grande felicidade, saber que todos os brasileiros estavam bem abrigados, com água, eletricidade, escola, universidade e comida na mesa.<br />
O resto é calundu. <br />
<div>
<br /></div>
Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-91679677657938591332018-11-09T10:46:00.002-03:002018-11-09T10:46:05.458-03:00O MURO CONTINUA DESMORONANDOHá 29 anos caiu o muro de Berlim. Não foi apenas um dia, foi todo um período. Esse vosso amigo tinha, então, 25 anos e trabalhava como assessor parlamentar em tempo integral na Câmara dos Vereadores do Recife, o primeiro mandato do Partido Comunista desde a redemocratização de 1945. Foi um tempo confuso, incompreensível para um militante cheio de dogmas como fui.<br />
Disciplinado aguardei a iniciativa da direção para fazer o processo de reflexão, crítica e autocrítica. Não aconteceu. Não no momento adequado e no formato devido. O principal dirigente era um grande líder, mas um velho guerreiro, apegado aos antigos dogmas. Estava tão confuso quando eu. Ainda tentou nutrir uma esperança na reação dos velhos bolcheviques russos entrincheirados no parlamento, publicou uma nota de apoio na Folha de São Paulo que terminou sendo uma espécie de epitáfio.<br />
Os desdobramentos daquele fatídico novembro de 1989 continuam. Muitas pedras do muro foram lançadas ao alto e continuam caindo nas cabeças dos zumbis que tentam reciclar coisas como Gramsci ou a Escola de Frankfurt. Será preciso muito mais tempo para concluir a devida reflexão, mais trinta anos no mínimo e não será tarefa da minha geração, dou como perdido. Qual a contribuição que posso passar para as gerações futuras? O meu conselho é: “comece do zero, duvide de tudo e não tenha apego ao passado”.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-69919978007934127812018-10-01T12:19:00.001-03:002018-11-08T21:05:52.018-03:00O REI ESTÁ MORTO. LONGA VIDA AO REI!<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "calibri";">Qual a eleição que vivemos hoje? Em minha opinião a de 2022. Exatamente. Começou um reposicionamento geral, um aquietamento e as proclamações de adesão ao novo poder. As forças políticas preparam o terreno para crescer num tempo de Bolsonaro. Forças que eram do primeiro time como o PSDB foram derrotadas e lambem as feridas, preparam para uma posição secundária, coadjuvante, Ciro Gomes, mais ousado, não perde tempo e já começa a explorar opções, mudar de opiniões.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "calibri";">Paradigmas foram quebrados aos montes nessas eleições. O mais surpreendente foi a desmoralização dos meios de comunicação de massa, em especial da TV, como construtores e condutores da opinião pública. Apenas esse fator já seria o suficiente para mil teses de doutorados. Tem mais, muitos cavalos selados transitando pelo país. A recém criada revista Cruzoé pode galgar um voo “vejiano”, o instituto Paraná outro “ibopeano”. Cadeiras vão mexer e pescoços serão separados das suas respectivas cabeças (no sentido figurado, claro). </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "calibri";">Álvaro Dias, entretanto, avançou mais que os outros e hoje já mira a sucessão de Bolsonaro. Pode ser que chegue lá.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "calibri";">E o PT? Você não pelado.</span></div>
Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-81168805358768106652018-08-27T12:09:00.002-03:002018-08-27T12:20:50.861-03:00OS VOTOS DOS FEDERAIS NOS CONTAM MUITO DO FUTURO<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Será possível criar algum critério objetivo para tentar antever o
resultado eleitoral em Pernambuco, com base em informações já
conhecidas? Sim. Escolhi uma série de dados sobre a evolução das
opiniões dos deputados federais eleitos em 2014 para ilustrar.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Sob o comando de
Eduardo, em 2014, foi alcançado 2.046.847 votos de deputados
federais eleitos na aliança de Paulo Câmara. Com a nova direção
do PSB, após a morte de Eduardo, os deputados Eduardo da Fonte
(283.567 votos), Pastor Eurico (233.762 votos), <span style="background: transparent;">Anderson
Ferreira (150.565 votos), João Fernando Coutinho (120.059 votos),
Fernando Filho (112.684 votos), Marinaldo Rosendo (97.380 votos),
Wolney Queiroz (86.739 votos) e Kaio Maniçoba (28.585 votos) </span><span style="background: transparent;">não
se “alinharam” </span><span style="background: transparent;">ao
novo pensamento</span><span style="background: transparent;"> </span><span style="background: transparent;">e
saíram da aliança</span><span style="background: transparent;">.
Esses </span><span style="background: transparent;">deputados</span><span style="background: transparent;">
afastados representa</span><span style="background: transparent;">m</span><span style="background: transparent;">
1.113.341 votos, ou seja, 55% </span><span style="background: transparent;">do
total</span><span style="background: transparent;">.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: transparent;">Num
resumo: o PSB e seus aliando em 2014 somaram 2.046.847 votos, hoje
somariam apenas 933.506, uma queda de 55%, enquanto a oposição que
conseguiu 731.454 votos, hoje conseguiria 1.664.960 votos, um
crescimento de 228%.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: transparent;">Essa
política de alianças é justificada por um alinhamento com o
Partido dos </span><span style="background: transparent;">T</span><span style="background: transparent;">rabalhadores,
e o uso liberado do nome de Lula. Ora, sob uma ótica apenas dos
votos de deputado federal esse raciocínio não tem sustentação já
que o PT não elegeu nenhum deputado federal </span><span style="background: transparent;">e
não somou nenhum voto na conta. Sob o ponto de vista do uso da marca
“Lula”, também carece de sustentação já que a exclusividade
não é garantida e necessita de “truques” </span><span style="background: transparent;">com</span><span style="background: transparent;">
resultados incertos. É também uma </span><span style="background: transparent;">enorme</span><span style="background: transparent;">
insensatez </span><span style="background: transparent;">pois implica
em </span><span style="background: transparent;">renunciar, de forma
completa ou parcial, às marcas de Eduardo, Arraes e Marina por uma
exclusividade duvidosa de Lula.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: transparent;">Claro
que essa condução política pouco inteligente foi construída com
base em pesquisas de opinião, mas será que foi feito o confronto
entre as marcas já em posse pelo PSB (Arraes, Eduardo e Marina) e a
ambiguidade do nome de Lula? Foi levando em conta a possível
permanência de Lula na cadeia o que enfraqueceria a posse da marca?
Acho que não.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: transparent;">Para
</span><span style="background: transparent;">produzir uma estratégia
e uma </span><span style="background: transparent;">aliança política
</span><span style="background: transparent;">que conduza a vitória,</span><span style="background: transparent;">
como a que foi </span><span style="background: transparent;">conseguida</span><span style="background: transparent;">
por Eduardo, é necessário mais que pesquisas incompletas. </span><span style="background: transparent;">P</span><span style="background: transparent;">arece
que o ex-governador levou para o túmulo a capacidade </span><span style="background: transparent;">e
a inteligência para realizar</span><span style="background: transparent;">
tais </span><span style="background: transparent;">proezas, não
deixou substituto</span><span style="background: transparent;">. </span>
</div>
<br />Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-23039602573446802172018-08-11T10:47:00.004-03:002018-08-11T10:47:55.958-03:00NÃO TIREM O MACACO, POR FAVOR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiis10IqhCIDB0XpWR3bRKwoiuDolkoui1FlLGNpGNlpHvudr_-0w6MCgTZfwX99othyphenhyphenkdGLRDarUOwTZiZkMKDG4nzJKYWKzXuMBpXA7ypj3lksx6tkj2IEM6ezMT_TOrGMA5EINI755RY/s1600/King-Kong.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="810" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiis10IqhCIDB0XpWR3bRKwoiuDolkoui1FlLGNpGNlpHvudr_-0w6MCgTZfwX99othyphenhyphenkdGLRDarUOwTZiZkMKDG4nzJKYWKzXuMBpXA7ypj3lksx6tkj2IEM6ezMT_TOrGMA5EINI755RY/s400/King-Kong.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Lembrando hoje de uma estória sobre a relação cliente-agência, que me foi contada ainda no tempo de estudante e permanece atual, para tudo.<br />
Contam que existia em Hollywood um roteirista apaixonado pela fábula da bela que é conquistada pela fera, do conto francês de Gabrielle-Suzanne Barbot, que teve a ideia de fazer um roteiro para um filme de ação onde pudesse usar as emoções criadas pela narrativa da fábula.<br />
Montou uma história com uma bela ruiva (as ruivas sempre fazem papeis assim) e uma fera, um imenso gorila. No lugar do palácio, uma ilha remota do Pacífico habitada por monstros pré-históricos, e uma cena final, idêntica à fábula, onde a fera ensandecida é abatida pelos habitantes do vilarejo, transformado na cidade de Nova York.<br />
O roteirista criou como quem faz uma sopa, não esquecendo todos os ingredientes para conquistar o público: ação, aviões com metralhadoras, bombeiros, interesses financeiros, e tudo mais. Entretanto, o cerne da história era a antiga fábula, as emoções seriam garantidas pelo mensagem que a mais bela das mulheres pode se apaixonar não pela beleza exterior, mas pelo que vem do interior, do coração, dos sentimentos.<br />
Apresentou o roteiro a muitos estúdios, até que um deles marcou uma conversa, aceitou produzir o filme seguindo a ideia desde que ele fizesse uma mudança:<br />
— Esse animal é ruim para a imagem da empresa, muito rude. Tire o macaco que faremos o filme, disse o executivo do estúdio.<br />
— Como assim, tirar o macaco? Perguntou horrorizado o roteirista.<br />
Bem, outro estúdio decidiu usar o macaco e foi um filme de sucesso chamado King Kong.<br />
Nas relações com nossos clientes criamos ideias que seguem essa lógica, são “macacos” sobre os quais toda a narrativa é edificada, muitas vezes não estão explícitos e podem ser até subliminares, escondidos na criação, mas são eles que transformam um simples anúncio em uma máquina de vendas, ou uma candidatura em um fenômeno político.<br />
O problema é explicar a importância do “macaco” no meio da criação. O cliente menos habituado e despreparado se encanta com a beleza das atrizes (sua marca) e os outros elementos assessórios, cheios de cores e movimento. Filmes de ação com mulheres bonitas e tiros de metralhadoras existe muitos, mas o King Kong é único, embora tenha tudo isso.<br />
Lidar com a frustação “retirar o macaco” é uma das mais traumatizantes experiências que um bom comunicador pode enfrentar.<br />
<div>
<br /></div>
Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-48017090163512021852018-07-07T12:03:00.002-03:002018-07-07T12:03:03.877-03:00USANDO O CLIP DO COREL 5Mesmo com todo esforço não consigo ser um cada descolado. Quem já viu um publicitário quadrado?! Não é fácil.<br />
Pedi ajuda profissional, minha filha Lígia ela sentenciou, comece com uma tatuagem.<br />
Mesmo achando inócuo, aceitei. Agora é a hora da tatuagem. Tem que ser uma coisa bem transada e cabeça, tipo arte marajoara ou retro anos 50. Já sei! Mitologia! mitologia é cabeça e tem o lance da astrologia.<br />
Já sei, vou sortear alguma coisa no clip arte do Corel 5. Eu sempre soube que usaria essa tralha.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-77800096044178569102018-07-07T12:02:00.000-03:002018-07-07T12:02:00.396-03:00PEIXE DE ÁGUA DOCETenho muito carinho e amor pelas minhas terras: Garanhuns, Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus, mas também tenho um coração grande, que cabe outros lugares.<br />
Interessante é que, mesmo morando há 36 anos no Recife, não me sinto pertencente à cidade e mesmo sendo tratado de forma fraternal sou sempre um visitante, um estrangeiro.<br />
Acho que é a água salgada do oceano, o mangue, o massapé, o movimento da maré, o calor abafado e essa cultura de canavial, de casa grande e senzala, que não me diz respeito.<br />
Sou peixe de água doce, meio sertanejo - meio da mata, sou do agreste.<br />
Quando comecei a namorar com minha esposa Maria do Carmo, que é de Rio Formoso e pertence a essa cultura recifense, fui convidado para um almoço na casa de Cazuza, seu avô e pessoa interessantíssima. Lá serviram o prato mais fino e nobre que um recifense pode conceber, carne de caranguejo. Achei esquisito e terminei comendo apenas uma pequena poção, de forma contida, com um pouco de arroz e pirão. Devia ser uma entrada. Terminado perguntei a Carmo:<br />
— Quando servem o almoço?<br />
— Isso era o almoço, respondeu.<br />
Calei num sorriso, mas pensei com meus botões: Que gente estranha é essa que come caranguejo no almoço.<br />
Aprendi a gostar do Recife, não pelo mangue e pelos caranguejos no almoço, mas pelas ruas, pela história e pela alma da sua gente, nisso sou recifense, de coração.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-10342912658134545822018-04-04T18:28:00.000-03:002018-04-04T18:28:26.011-03:00O FILHO DO SENHOR RELATIVO Meu pai, o coletor Dino Cabral, contava
uma história onde ensinava sobre a estupidez humana e como uma pergunta
revela o que se passa na cabeça de alguém. Ele chamava a historinha de
"O Filho do Senhor Relativo". Dizia que o filho chegou correndo,
ofegante, perto do pai e perguntou gritando:<br />
— Pai, será que existe mais de dez cachorros pretos no mundo?<br /> E o pai respondeu em um tom professoral e de repreensão:<br /> — Deixe de ser burro moleque, não está vendo que tem mais de trinta.<br />
Nesse momento Seu Dino explicava o moral da história, que tudo era
relativo, o filho tinha dez anos e acreditava que o mundo comportava dez
cachorros pretos. Já o pai tinha uma visão mais ampla e aos trinta anos
chegou a conclusão que o mundo tinha trinta cachorros pretos, era tudo
relativo. A estupidez evoluía com a idade.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-43363931531903450512018-03-16T09:16:00.002-03:002018-03-16T09:42:10.680-03:00PARA REFLETIR SOBRE OS ASSASSINATOS DO RIOPor todo o país grandes manifestações em protesto pelo brutal assassinato de Marielle Franco e seu motorista no Rio. As manifestações são confusas pois misturam elementos de realidade e muita fantasia, mas a indignação é autêntica, verdadeira.<br />
Pessoalmente não conhecia a tal moça e o que fiquei conhecendo após a tragédia está impregnado de tolices e fantasias que sei não correspondem nem à sua vida e muito menos à sua atuação como vereadora.<br />
Essas bobagens são de toda espécie. Uma das mais curiosas afirma que o bandido não matou apenas duas pessoas, mas todos os seus eleitores. Num sentido figurado poderia ter valor, mas textualmente é uma imensa bobagem condenar alguém pelo assassinato de 46 mil pessoas vivas.<br />
As redes sociais não rejeitam tolices, de boas ou más intenções, mas todos os que possuem o mínimo de prudência, que não estão "febris" pelos fanatismos, têm o dever de colocar um pouco de inteligência nesse momento, para que os assassinatos não fiquem impunes, não sejam atribuídos a "forças superiores irresistíveis", machistas, racistas e <span><span data-offset-key="8dlnc-0-0"><span data-text="true">misóginas</span></span></span> possivelmente ligadas ao Satan Goss, inimigo do Jaspion.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-16356422170870563602018-03-14T11:02:00.000-03:002018-03-14T11:02:06.549-03:00REFLEXÃO FEUERBACHIANA<div class="_5pbx userContent _22jv _3576" data-ft="{"tn":"K"}" id="js_8d">
<br />
Qual a ideia central que inconfesavelmente norteia os pensamentos dos mais fanáticos petistas? Que ideia é a essência do pensamento "religioso" dessa parcela da esquerda? Bem, fui buscar a inspiração num intelectual que foi a inspiração para Marx, Ludwig Feuerbach.<br />Feuerbach é um mestre e "velho amigo", domino bem suas ideias. Poderíamos dizer, imitando o mestre, que "Lula como ente material é a consubstanciação da ideia de si mesmo", ou seja, Lula-homem/matéria torna-se ideia e essa ideia toma forma material em Lula-home/matéria, logo é impossível usar as regras da matéria para punir algo que é idêntico a ideia. Eis o raciocínio do PT tratado de forma rigorosa.<br />Esse é um comentário sobre o post anterior "O Caldeirão", título inspirado na historinha do sapo dentro do caldeirão, onde o sapo é o barbado de Brizola.</div>
Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-50926492222811342912018-03-14T10:59:00.001-03:002018-03-14T10:59:02.385-03:00O CALDEIRÃOPrimeiro Lula não poderia ser processado pois estava acima dessas coisas mundanas como a Justiça; depois que foi processado nenhuma prova era suficiente para provar nada, toda prova contra Lula era uma não-prova; foi condenado, logo o juiz tornou-se réu, deveria ser encarcerado, punido severamente, por ter tido a audácia, a petulância de ousar condenar algo de caráter divino, Lula matéria era a consubstanciação da ideia de si mesmo ; recorreu-se, segunda instância, nova condenação, já não era necessário punir e encarcerar os desembargadores, eram apenas fantoches de uma força externa, imperialista e poderosa, algo como o Satan Goos da série Jaspion. Recursos e embargos, Lula não pode ir para a cadeia por ser divino. Hoje encontrei um petista graduado dizendo que Lula pode até ser preso, mas sai logo, não esquenta lugar no presídio.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-29483599228116839492017-12-21T07:31:00.001-03:002017-12-21T07:31:58.783-03:00OS OMBROS DO ASTRONAUTA<p>Ontem, conversando com um jovem candidato a intelectual, ele perguntou qual foi o fato que mais influenciou meus pensamentos, ao longo da vida. Esperava uma resposta grandiosa, altaneira e foi inesperada e insólita: a chegada do homem na lua.<br>
Foi difícil de explicar e não sei se tive êxito. Sou da geração que assistiu criança e adolescente à corrida espacial, que sonhava em conquistar novos mundos, indo onde nenhum humano esteve. O Cláudio de 1973, com 9 anos, achava que o Cláudio de 2017 seria um astronauta. Então passei de astronauta para guerrilheiro de Sierra Maestra, virei Partizan, tenente na Coluna Prestes, soldado da "résistance française", membro da Guarda Vermelha até chegar a comissário politico albanês, tudo isso ruiu, passou, mas o sonho de viajar pelo universo, o modelo meio engenheiro, meio cientista e militar permanece, é a base de tudo, ou seja, todos esses sonhos foram erguido nos ombros de um astronauta.</p>
Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-66621122286906166602017-12-15T10:31:00.001-03:002017-12-15T16:10:22.485-03:00A HERANÇA PATRIÓTICA DE MIGUEL ARRAES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBKnf43C0Y_dTdo3Id_b6ekRPxhZZloxxcE2FJuh1xn0_hQmYo39T8Phkv104UAUShFKvV-GWV0PkEel0gjWk0ANkgyb3s-ODkxvX26tiTyDS4pmVev2pfWDJN_6217g0g__y9nXfv1hud/s1600/arraes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="748" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBKnf43C0Y_dTdo3Id_b6ekRPxhZZloxxcE2FJuh1xn0_hQmYo39T8Phkv104UAUShFKvV-GWV0PkEel0gjWk0ANkgyb3s-ODkxvX26tiTyDS4pmVev2pfWDJN_6217g0g__y9nXfv1hud/s400/arraes.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Para comemorar o aniversário de Arraes queria falar sobre um dos temas prediletos dele, a administração de dívida interna do Brasil e sua ligação com uma nova forma de colonialismo financeiro e estagnação econômica.<br />
O orçamento para 2018 já foi aprovado. Nele estão previstos 3,57 trilhões em gastos. Destes, 1,16 trilhão se destinam ao refinanciamento da dívida pública e 316 bilhões ao pagamento de juros. No total, são 1,476 trilhão destinados ao serviço da dívida (juros e refinanciamento), ou seja, 41% do orçamento de 2018 já é prisioneiro da dívida pública. Esse problema da imensa e descontrolada dívida vem desde o Regime Militar, passando por Sarney, Collor Itamar, FHC, Lula e Dilma/Temer. Não foi tratado da forma adequada por nenhum deles e caso faça uma auditoria bem-feita irá encontrar uma ligação entre o modelo político que conduziu o país a atual crise de corrupção, a preservação da dívida interna e dos juros altos e o sistema bancário local e externo. <br />
Nos países europeus mais ricos ligados à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os percentuais de investimentos públicos devem ficar em 3%. Esse valor é necessário para manter o nível de obras e prevenir crises econômicas, mas no Brasil o governo Temer instituiu 0,3% do orçamento para investimento, valor que não garante uma retomada saudável de investimentos e, portanto, não tirará o país da crise.<br />
Não adianta encontrar soluções para a crise política, não adianta lançar os maloqueiros do momento no xilindró e preservar o sistema de dívida elevada que enfraquece o país e alimenta a doença.<br />
Existe uma ligação intrínseca entre crise econômica e a força política do país. Manter o país submisso passa por tornar a crise perene. Vivemos após o fim da crise na Rússia, durante o governo Lula, um instante de valorização de commodities, que criou um pequeno período de prosperidade sobrepondo por alguns anos o peso do pagamento da dívida e fortalecendo o país. Esse era o momento de fazer a reforma, estancar a sangria, pois existia sobras. Mas, deixou-se para depois, para o pré-sal, pois o processo de manutenção no poder era mais importante que os interesses do Brasil.<br />
Agora acabou a farra das commodities. O pré-sal, que seria uma nova oportunidade, precisa de preços mais convidativos no barril de petróleo para funcionar. Saímos dos picos do aço para a China e voltamos ao vale dos bancos e dos juros altos. Voltamos a beijar a lona. Nada sendo feito serão décadas de estagnação, com crescimento pífio, “empurrando o gado” com diz Zé Lezin.<br />
Nesse clima é necessário coragem até para pequenos movimentos. Eduardo Campos, que era um homem de coragem, perguntou certa vez: O que podemos fazer com 1% de baixa na Selic? Muita coisa.<br />
Falta coragem atualmente, faltou no passado, inclusive no recente por interesse próprio, de perguntar: quanto temos que baixar na Selic e na dívida para pagar a previdência? Essa é a pergunta correta. Quando desenvolvimento devemos ter para garantir os direitos sociais? Quando do PIB deve ser investido em obras para garantir uma taxa baixa de desemprego?<br />
Essas não são perguntas de esquerda, direita ou centro, são perguntas patrióticas, perguntas que poderiam vir de um dos maiores patriotas que esse país já conheceu: Miguel Arraes.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-42086684615771682802017-11-16T09:39:00.001-03:002017-11-16T09:39:25.838-03:00CAVALO SELADO<span style="color: #009000; font-family: Helvetica;"></span>O PSB hoje é o "cavalo selado" da campanha presidencial. Ao contrário do PPS que busca lançar Luciano Huck, uma espécie de "truque", o PSB tem inúmeras alternativas, com diversos sabores. Poderia ser Aldo Rebelo, identificado com a esquerda, mas com um senso de praticidade política elevada, poderia ser até Joaquim Barbosa que carrega uma impetuosidade extraordinária, capaz de atrair até os mais céticos e construir um discurso diferenciado, com um apelo mais para o centro. Perfeito para o momento. E pode atrair coisa até melhor, como o juiz Sérgio Moro.<br />O PSB é o cavalo da vez e só uma coisa pode atrapalhar, a mesquinhez de projetos irrelevantes, o sectarismo pro-petista e a luta interna pela direção.<br />Minha sugestão ao partido (não sou filiado): façam como foi feito na África do Sul, tranquem toda a direção num hotel no meio da selva amazônica, sem comida, e só liberem após chegarem a um consenso útil. O prêmio vale o sacrifício.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-83681297978277733572017-10-23T10:22:00.001-03:002017-10-23T10:26:18.684-03:00QUEM APOSTOU EM PAULO CÂMARA, GANHOU.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIeKqnyl1FDjUe83Q0Dd8fQNbcv5pitvf20ge37dk6Nicx2oo0unf4UHMfgQFHm_F1a-B3mo9gv40IoO_pzbKEZkLc_O3jBBMQb3WYZ1uPfoF0OGK6ODKJW_udO-fxEKnopH__oZZewpDO/s1600/Paulo-Camara.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="393" data-original-width="590" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIeKqnyl1FDjUe83Q0Dd8fQNbcv5pitvf20ge37dk6Nicx2oo0unf4UHMfgQFHm_F1a-B3mo9gv40IoO_pzbKEZkLc_O3jBBMQb3WYZ1uPfoF0OGK6ODKJW_udO-fxEKnopH__oZZewpDO/s400/Paulo-Camara.jpg" width="400" /></a></div>
<h3>
</h3>
<h3>
Agilidade, tranquilidade e coragem, foi essa a receita de Paulo Câmara ao assumir Pernambuco em meio ao que a história certamente dirá que foi a maior crise dos últimos cem anos.</h3>
Conheço Paulo há muito tempo e já sabia das suas virtudes de estudioso dos problemas do estado e bom administrador. Mas, o que vi nos últimos meses me surpreendeu. Dizem que mar calmo não faz bom marinheiro e Paulo não teve calmaria desde que assumiu, foi uma tormenta constante, mostrando ele como um bom marinheiro e bom capitão.<br />
Paulo Câmara é, na verdade, <b>uma novidade para Pernambuco e para o Brasil</b>. Jovem, começou na vida pública com a ajuda de Eduardo. <b>Sempre se manteve distante dos vícios da política mesquinha e retrógrada</b>. Paulo<b> não possui uma origem “aristocrática” urbana ou rural</b>, comum entre os políticos de Pernambuco, é um típico representante da classe média, que cresceu e ganhou a vida estudando, tirando boas notas e trabalhando muito. Essas características presentes em Paulo, são as mesmas que desejamos para um novo homem público. <b>Um modelo que seria uma alternativa aos que estão desiludidos com a política</b>.<br />
Mas, o que aconteceria se ele fosse derrotado pela crise, fraquejasse ou cometesse algum deslize grave? Seria não uma derrota de Paulo ou do seu partido, mas de todos os progressistas do estado e do país. Uma vitória da velha política, anacrônica e viciada. Seria o velho derrotando o novo, o barracão da usina derrotando a universidade. Paulo não podia errar e não errou.<br />
Veio a crise da segurança, complexa, com a economia do estado combalida. Era necessário tratar um assunto potencial explosivo e de grande gravidade. A polícia são homens armados. Outros estados como o Rio de Janeiro e o Espirito Santo, explodiam em violência e Pernambuco era o próximo da lista.<br />
Era necessário fazer mais do que foi feito nos outros estados, era necessário romper paradigmas. Existia um perigo social maior que qualquer os interesses corporativos. Era imperativo não transigir dos direitos à segurança da população, não se dobrar a chantagens. <br />
Paulo mostrou-se bom capitão e passou pelo teste. E não foi coisa fácil. <br />
Quem apostou contra ele, perdeu. Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-8102593899471919842017-10-18T08:42:00.002-03:002017-10-18T08:52:24.183-03:00MINHA COR É A AMARELA, MAS HOJE ESTOU DE VERMELHOHoje coloquei minha camisa polo vermelha Pantone 182. Estou voltando a usar a cor vermelha, estava com saudade. Essa é a segunda vez que sou impedido de usar uma cor por razões políticas. A primeira foi a amarela no início dos anos noventa, era a cor de Joaquim Francisco, agora a vermelha, cor de Lula, Dilma e do PT.<br />
Dá pra passar sem a cor vermelha, mas não sem a amarela. Sei que ter fixação por uma cor não é um sinal de boa saúde mental, tenho plena consciência que não sou muito bom do juízo, mas a amarela é fascinante, mágica.<br />
Preste atenção, uma bela mulher fica ainda mais bela de vermelho, mas uma bela mulher de amarelo transcende, fica estonteante. Na natureza o amarelo é um sinal de fruta madura, pronta para comer, é a cor do mel e do trigo na colheita.<br />
Na mitologia grega é a cor de Afrodite (Vênus para os bárbaros romanos), deusa do amor sexual, da luxúria, dos desejos incontroláveis. A única deusa que não pode ser contida, convencida ou controlada. É também a cor da alquimia, do ouro, da transformação.<br />
Amarelo é amor, é o planeta Vênus, setembro, libra.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-21058068221453779542017-10-17T10:05:00.003-03:002017-10-17T10:08:15.020-03:00A CORRUPÇÃO E O MERCADO DE PARLAMENTARES | LEI DA OFERTA E DA PROCURAFunaro disse em seu depoimento que o preço do congressista não mudou nos últimos vinte anos. Cunha pagou o mesmo para tirar Dilma que foi desembolsado por FHC para na própria reeleição.<br />
Levando em conta a inflação do período, um parlamentar hoje sai por menos da metade do preço do período FHC. Durante a era petista ocorreu uma expansão do mercado da corrupção e por conseguinte uma queda nos preços e desvalorização do produto.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-27972762704705286372017-10-01T09:35:00.001-03:002017-10-01T10:05:29.891-03:00AS PESQUISAS E O RABO DO GATO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPUu38OjfTDtn9mzl4GUFhUstmW3HRHYPaEs4aSshkjv8RfjV9Off0KR_oYyqJQpi1-yuyH39Pp69Obr8yq7wAbxQPbD1WvbtR_3obFbozLTIzNZWxvjv__vgnBzVfGF02dLpXK-RBnXZW/s1600/gato_rabo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPUu38OjfTDtn9mzl4GUFhUstmW3HRHYPaEs4aSshkjv8RfjV9Off0KR_oYyqJQpi1-yuyH39Pp69Obr8yq7wAbxQPbD1WvbtR_3obFbozLTIzNZWxvjv__vgnBzVfGF02dLpXK-RBnXZW/s400/gato_rabo.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Confesso, tenho uma grande simpatia por Arraes, em especial
por um tipo de inteligência que ele possuía, uma espécie de ceticismo dialético
espontâneo. Não era fácil enganar Arraes, ele não era seduzido por marqueteiros
(místicos ou pseudocientíficos), pesquisas ou por narrativas fáceis. Arraes
tinha seus próprios critérios de julgamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Recentemente vi muita gente se contorcendo para explicar por
que Lula continua favorito nas pesquisas e o significado disso. Caso Arraes
estivesse vivo para comentar daria uma boa gargalhada e diria que essa pesquisa
não significa nada que tenha relevância para a eleição. Ele estaria certo,
certíssimo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vou usar um pouco de dialética hegeliana para tentar
explicar o que Arraes diria em uma gargalhada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A opinião pública, ou seja, a opinião capturada por uma
pesquisa com métodos estatístico, é qualitativamente diferente da opinião de
uma única pessoa. Quando se torna multidão ocorre uma transformação qualitativa
e mudam as leis e os princípios que regem os fenômenos. A dinâmica do
comportamento mental individual é diferente do da multidão. A inteligência como
conhecemos, reflexiva, que se desenvolve num processo dialético de interação
com outras opiniões, é inócua para a multidão. Tentar explicar o comportamento
da multidão com os mesmos princípios da inteligência humana é como tentar
compreender um formigueiro estudando uma única formiga.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Assim, nenhum comportamento individual ou julgamento moral é
válido para ser usado na multidão. Não existe um “cinismo prático” tipo “rouba
mas faz” e nem um “reconhecimento pelas conquistas”. Não é isso, esses são
valores de uma outra escala de análise, a psicológica e moral.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As pesquisas de opinião mostram algo peculiar, entretanto,
precisam ser vendidas pois são produtos, e para serem vendidas precisam ser
úteis, mesmo que a utilidade seja apenas a de iludir com uma áurea científica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Então, o que é medido pelas pesquisas? Que fenômeno elas
explicam?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como gosto de felinos vou usar um para explicar. Imagine que
o gato seja o humor da multidão, a essência do humor, e o movimento do seu rabo
seja o fenômeno capturado pelas pesquisas. Bem, o rabo pertence ao gato, é
gato, entretanto existe gatos sem rabo, mas não rabos sem gatos. O rabo
pertence ao gato, mas não comanda o animal que pode até não o ter ou não
usá-lo. Pelo rabo é possível conhecer algo do gato, mas não tudo, na verdade
muito pouco. Um cientista observando apenas o rabo poderia chegar a inúmeras
conclusões equivocadas. O gato agita o rabo de determinada forma quando está
caçando. O cientista conclui: “o gato está pegando um rato”, mas gatos as vezes
agitam o rabo quando dormem, quando de fato ele estão apenas sonhando com uma
caçada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O fato de conhecer o fenômeno não implica em conhecer a sua
essência, mas apenas uma manifestação dela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nas pesquisas de opinião converte-se o fenômeno em essência
para ser melhor compreendido e vendido. A multidão cria um rosto, transforma-se
em pessoa, faz julgamentos morais e éticos, tem personalidade pois assim o
produto torna-se útil.<br />
O todo torna-se a mínima parte, o rabo torna-se gato,
inteiro.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O debate continua.<o:p></o:p></div>
Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-72784071041032587882017-09-11T21:25:00.002-03:002017-09-11T21:25:47.477-03:00EU AMO BELO JARDIMMeu pai morou em Belo Jardim de 1914 a 1927, treze anos, junto com minha avó, Dona Nazinha, na casa do tio, Abílio de Barros Correia. Cresceu com Abaeté e Amaury. Foi para o Rio de Janeiro antes da emancipação, há 90 anos. Eu fui seu único filho que morou na cidade, de fins de 1975 ao início de 1980, cinco anos. O que tenho em comum com meu pai? Fomos adolescentes na mesma cidade, no mesmo ambiente.<br />
Hoje faz quase quarenta anos que estou longe e como ele fazia, sempre coloco Belo Jardim nas minhas histórias, minhas aventuras, meus pensamentos. As vezes visito nos sonhos as ruas, não as de hoje que estão no Google, mas as do meu tempo de molecagem, vejo minha mãe, minhas professoras (Dona Olindina) e amigos que desapareceram como Everaldo Gordinho. Acordo e percebo que mesmo ausente, faço parte desse lugar.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-79791404410943867792017-09-05T10:12:00.001-03:002017-09-05T10:12:07.916-03:00VIVA A DEMOCRACIA OU KAUTSKY VIVE!<blockquote class="tr_bq">
<i><b>"Quando o PT chegou ao poder em 2002 decidiu destruir o capitalismo 'por dentro'. Então foi engolido, digerido e agora excretado"</b></i></blockquote>
Vejo hoje um retorno a ortodoxia dos debates da esquerda do fim do século XIX: reforma x revolução, Lenin x Kautsky. A "reforma", ou seja, a convivência (nem sempre harmoniosa) com o capitalismo é incerta, não raras vezes é frustante e gera, imperiosamente, mais democracia. Essa é a visão de Kautsky. A revolução é certa e retumbante, golpeia o capitalismo mortalmente e gera, também imperiosamente, regimes distorcidos, bizarros, inimigos da democracia, ditaduras (proletárias ou não, geralmente não). Essa é a visão de Lenin.<br />
Infelizmente não existe uma "manga do meio" como diria Dona Adélia, minha avó, um atalho, uma saída híbrida ou simplesmente adoçada como pensou Gramsci. O fracasso da URSS mostrou as limitações dos processos revolucionários. A experiência do PT no Brasil demonstrou claramente o fracasso de caminhos heterodoxos mistos. Pessoalmente, no pleno domínio dos meus 53 anos, me declaro um ortodoxo de esquerda e abraço Kautsky e a democracia, com um atraso de 35 anos.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-18102039294241682672017-08-24T11:35:00.002-03:002017-08-24T11:35:29.537-03:00O CARNAVAL QUE PRECISO CONHECERJá fui a muitos carnavais em Olinda, na verdade a todos desde 1983, mas nenhum tão maravilhoso quanto o imaginado pelo meu vizinho pentecostal.<br />
Ele me contou. Fiquei horrorizado e encantado ao mesmo tempo. Ele descreveu um ambiente pervertido, pecaminoso, promíscuo e liberado, onde ninguém é de ninguém, sexo corre frouxo e o Satanás desfila num carro alegórico.<br />
Tentei dizer que tal lugar não era do meu conhecimento, mas ele insistiu que era real, lá em Olinda, e até me olhou diferente, como se eu estivesse escondendo algo.<br />
Passei minha vida toda seguindo o próximo bloco, no aperto, suor, cansaço, cerveja quente e não sabia que existia outro carnaval, cheio de luxúria e prazer.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-41907358666558614132017-08-23T22:33:00.003-03:002017-08-23T22:41:27.638-03:00PRIVATIZAÇÕES DO SETOR ELÉTRICO<h4>
Privatizar o setor de distribuição e geração elétrica é um bom negócio? Parece ser uma discussão antiga e vencida pelo “sim”, mas não é.</h4>
Ainda vivemos um momento profundamente delicado, emocional, propício à decisões precipitadas e a engôdos . Os terríveis escândalos de corrupção que por pouco não destruíram a Petrobras ainda estão frescos nas mentes e nos sentimentos das pessoas. O comportamento cínico do PT e seus satélites subalternos, o total descompromisso com a sinceridade e a insistência até patética em negar o óbvio, evidente a qualquer espírito minimamente inteligente, fez evaporar a sua capacidade de persuasão.<br />
A mentira foi tão generalizada e cínica que qualquer verdade dita, mesmo que boa e evidente, é contaminada pelo descrédito. Esse desastre não ficou restrito apenas o PT e os partidos satélites subalternos como o PCdoB, envolve toda a esquerda e está sendo aproveitada por interesses estranhos ao país.<br />
O governo atual de Temer é produto de articulações irresponsáveis do PT e de Lula, que visavam apenas o poder e seu uso privado. Um acidente provocado pela condução desastrosa, incompetente e até criminosa de Dilma, engendrou o atual governo, que têm caráter provisório, precário, e não possui condições de tomar medidas como a privatização de um setor estratégico.<br />
Nenhuma privatização deve ser feita com Temer no governo. Ele representa apenas uma ponte, uma ligação entre duas épocas. Deve manter a casa nas melhores condições para o próximo governo tomar as medidas necessárias.<br />
Mas, mostrando seu caráter covarde e aproveitando a oportunidade criada pelo profundo abismo que o PT enfiou a esquerda, está tentando privatizar tudo o que puder, o mais rápido possível. E parece ser até fácil já que o setor elétrico é dominado por corporações com “pensamentos e influência de esquerda”. Para o cidadão médio, escaldado pela Petrobras, é melhor privatizar que entregar a uma quadrilha de ladrões. Não existe nenhum juízo econômico, político ou empresarial, apenas moral e o mal a ser evitado é o PT.<br />
Não vivemos o frenesi privatista dos anos de FHC. Em países importantes que realizaram nos anos 70 e 80 amplas privatizações do setor elétrico, o processo está sendo revertido, voltando ao domínio do estado. Parece que hoje privatizar distribuição e geração de eletricidade não é uma boa ideia, foi reprovada pelo prática. Não é bom ir contra esse tipo de experiência. A inteligência manda parar, esperar essa nuvem escura criada pela irresponsabilidade do PT ser dissipada, e assim evitar julgamentos morais, emocionais.<br />
Devemos buscar a racionalidade e a boa ciência. É importante debater melhor, com a calma necessária, antes de tomar decisões como as que Temer está tomando a toque de caixa.<br />
<br />Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1096103742960339255.post-81614026519780901252017-06-25T09:25:00.000-03:002017-06-25T09:25:07.851-03:00O ÁLCOOL E OS PIT BULLSQuem me conhece sabe que não bebo, ou melhor, bebo pouco e raramente. Vi muitas vidas queridíssimas destruídas pelo vício e não quero dar a mínima chance ao azar.<br />
Há aqueles que libertam os seus demônios quando bebem ou usam outra coisa qualquer. É como andar eternamente com um pit bull amarrado ao calcanhar e a bebida afrouxa a corda deixando o animal livre.<br />
Muitas são pessoas dóceis e delicadas sóbrias, violentas e arrogantes bêbadas. Famílias destruídas, filhos que odeiam os pais, vidas infernais, talentos desperdiçados, futuros jogados fora por meia garrafa de aguardente.<br />
Quem anda com esses demônios amarrados ao calcanhar deve está consciente da responsabilidade, manter o laço apertado, não beber.<br />
Fábio Assunção é um desses escravos dos demônios, anda com um pit bull amarrado dentro de si, é responsável sim pelos atos em Arcoverde, pois encher o copo é uma decisão consciente.<br />
É uma pena, seu trabalho lá não é apenas ótimo, como necessário, precisamos dele.<br />
Espero que sirva de lição.Cláudio Cegonha Cabralhttp://www.blogger.com/profile/07551316084595041025noreply@blogger.com0