NÃO TIREM O MACACO, POR FAVOR.
Lembrando hoje de uma estória sobre a relação cliente-agência, que me foi contada ainda no tempo de estudante e permanece atual, para tudo. Contam que existia em Hollywood um roteirista apaixonado pela fábula da bela que é conquistada pela fera, do conto francês de Gabrielle-Suzanne Barbot, que teve a ideia de fazer um roteiro para um filme de ação onde pudesse usar as emoções criadas pela narrativa da fábula. Montou uma história com uma bela ruiva (as ruivas sempre fazem papeis assim) e uma fera, um imenso gorila. No lugar do palácio, uma ilha remota do Pacífico habitada por monstros pré-históricos, e uma cena final, idêntica à fábula, onde a fera ensandecida é abatida pelos habitantes do vilarejo, transformado na cidade de Nova York. O roteirista criou como quem faz uma sopa, não esquecendo todos os ingredientes para conquistar o público: ação, aviões com metralhadoras, bombeiros, interesses financeiros, e tudo mais. Entretanto, o cerne da história era a antiga fábula