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Mostrando postagens de novembro, 2015

O SUICÍDIO DE MULHERES NO INÍCIO DO SÉCULO XX.

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Os registros policiais do início do Século XX guardados no Arquivo Público de Pernambuco mostram um traço trágico da terrível condição de opressão que viviam as mulheres, o elevado número de suicídios de jovens no Recife e em todo Pernambuco. Até os anos da minha adolescência em cidades como Garanhuns e Brejo da Madre de Deus era comum escutar que alguma mocinha com 15 ou 18 anos tinha tentando o suicídio cortando os pulsos pelos pais proibirem um namoro ou outra coisa similar. Também era comum casais que fugiam para casarem ou viverem juntos longe das famílias. As moças eram “roubadas”, segundo se dizia na época. O suicídio é uma medida desesperada de uma pessoa que não ver nenhuma saída, uma situação de terrível violência que felizmente quase não existe mais. Essa situação era comum em muitos países é foi retratado na ópera de Puccini “Gianni Schicchi” em sua ária “O mio babbino caro”, onde uma mocinha, na mesma situação canta para o pai: Em italiano O mio babbino caro, mi p

O MARTELO DE LULA

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Um ditado que gosto que diz: "Dê um martelo a uma criança que o mundo vira um prego". A atração da criança pelo objeto é a mesma que os adultos têm pelas suas profissões ou pelos modelos que representam. Para muitos jornalistas o mundo é uma grande redação, para um publicitário - uma agência, para um sindicalista - um sindicato, para um ongueiro - um catálogo de causas a serem defendidas. Cada um carrega as coisas boas, as virtudes do seu pequeno universo, também os defeitos e deficiência e assim vai batendo seu prego pela vida. No poder presidencialista imperial que temos é fácil enxergar esse mecanismo funcionando. Os militares criaram seu martelo, seu modelo, baseado na caserna, conhecemos o resultado. Fernando Collor reproduziu em Brasília o seu próprio “ martelo alagoano ” e saiu “batendo” por todo canto, criando pequenas “Alagoas”, o resultado também é conhecido. Fernando Henrique buscou um modelo mais amplo, um “ martelo paulista-neoliberal-fashion ” e assim