SERÁ QUE É VIÁVEL UM "VOLTA LULA!"?

"Lula candidato", esse é o mote do momento, tanto dos setores espontâneos do PT, quanto dos jornais que traduzem as opiniões da oposição ligada ao PSDB. Esse é um fenômeno político discreto, mas de imensa importância, marca o abandono da candidatura de Dilma.
Para o PT existe a necessidade de buscar caminhos alternativos para contornar o problema, para o PSDB a possibilidade de infligir uma dura derrota no PT.
Lula é um candidato formidável e vai bem nas pesquisas, se comparado à Dilma, mas, seria agora o melhor momento para ele enfrentar uma eleição? Acredito que não.
Sendo candidato Lula seria o alvo a ser atingido, dos grandes. Assuntos pessoais dificílimos como o seu relacionamento com Rosimary, os desmandos aprontados pela moça, o envolvimento no Mensalão e outros temas que voltariam com toda força, fustigando continuamente o candidato, fazendo ele assumir uma posição francamente defensiva, desmotivando as tropas lulistas e criando uma legião de traidores e desertores entre os aliados.
No campo das ideias a situação não é melhor. Lula teria que defender a herança de Dilma e a sua própria contra a forte cobrança de setores urbanos e da juventude que foram às ruas. Nesse quadro, acuado pelas denúncias e restrito nas opções sociais de campanha a candidatura de Lula torna-se frágil e pouco atraente.
Para o marketing político de oposição é simples criar uma estratégia reducionista, onde o culpado pelo Brasil não ter atingido o paraíso é Lula. Seria um prato cheio para uma campanha no estilo usado pelo Goebbels: simplifique e repita, com uma frases do tipo "O Brasil está mal e vai piorar com Lula, lá".
Assim, julgo que não é o melhor momento para Lula. Deveria ser poupado como uma importante reserva estratégico.
O candidato das forças populares, progressistas e de esquerda deveria ser alguém que representasse uma novidade na esquerda, agregasse forças políticas que estão dispersas ou vacilantes, assumisse apenas a parte boa da gestão petista, isoalando a problemática (eufemismo para "podre", Rarará!) e com compromisso em manter os avanços sociais e políticos conseguidos nos últimos 12 anos.
Alguém assim como Eduardo Campos.

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