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Mostrando postagens de abril, 2013

PT PASSA O RECIBO PARA EDUARDO

Assisti agora a pouco as inserções nacionais do PT que começam a ser veiculadas hoje e são um exaustivo recibo ao PSB e à candidatura de Eduardo Campos. Muitos eufemismos podem ser usados para tentar explicar essa estratégia e a possivelmente usada pelo João Santana é que tratar-se de uma vacina. Como o nome diz "vacina" é uma estratégia de marketing político que tenta anular antecipadamente uma vantagem específica de um competidor que pode converter-se no futuro em problema. No caso a vantagem que Santana quer anular é o discurso do PSB que usa as conquistas do período Lula/Dilma. Usando o mesmo discurso o marketeiro tenta se apoderar do discurso de Eduardo ou, numa hipótese não tão boa, transformá-lo numa ambiguidade. Essa é a medida preventiva. Bem, neste caso chamar "vacina" é realmente um eufemismo, pois o estrago já está feito. Seria mais apropriado usar o temo "antibiótico". O discurso de Eduardo não é baseado numa criação de algum marketeiro de p

OS CARGOS FEDERAIS DE EDUARDO, SEGUNDO O PT.

Uma das coisas que não consigo compreender é o espaço que Eduardo ocupa no governo Dilma, segundo os petistas. Perdeu o Ministério da Ciência e Tecnologia; Fernando Bezerra, pelo que dizem por aí, tá na cota do PT e será candidato a governador em Pernambuco apoiado pelo PT (ou pelo que restou dele, sem a ajuda de João da Costa, Rarará!); o ministro dos Portos é dos Gomes que também são do PT; tem um outros cargos menores e finalmente a Chesf, realmente de Eduardo. Esse é o quadro que os petistas pintam. Bem, nesse caso Eduardo ocupa menos cargos federais que os petistas ocupam estaduais e municipais do PSB e quem sairia perdendo na aritmética seria o PT. Exigir os cargos de Eduardo seria trocar um possível apoio no segundo turno da eleição de Dilma, que poderia ser decisivo, por um cargo de terceiro escalão, a direção da Chesf. Não faz sentido. A verdade é que Eduardo sempre deu mais atenção ao apoio em projetos que a cargos. Trocou o apoio ao PT e a Dilma por projetos que levaram Pe

O TEATRO DA ELEIÇÃO

As eleições para presidente são como uma peça de teatro em dois atos. No primeiro ato, ou turno, os atores candidatos posicionam-se, mostram as suas armas, alianças e força, mas apenas no segundo ato é que realmente acontece o desenlace da trama. A peça pode ter apenas um ato e ser solucionada num movimento rápido, mas isso significa imensa superioridade em armas, alianças e força eleitoral, coisa rara. Não é prudente criar uma estratégia para liquidar a peleja em apenas um ato, um turno, mesmo que as pesquisas apontem uma boa superioridade. Muitos fatores são invisíveis a olho nu, ou imponderáveis. O bom planejador considera uma eleição sempre em dois turnos e uma vitória em um turno é tratada como bônus. Mas, o segundo turno não se inicia com os atores nas mesmas posições que terminaram o turno anterior. Não é como um novo capítulo de uma novela e sim como um novo episódio de um seriado. Os atores podem ser os mesmos, mas acontece uma rearrumação e quando as cortinas se abrem