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Mostrando postagens de dezembro, 2012

PIB BRASIL 1% - PIB PERNAMBUCO 4%

Qual a razão do Brasil ter um crescimento tão ruim do PIB e Pernambuco não acompanhar? Veja como é volátil o crescimento do Brasil. Durante os últimos anos oscilamos entre PIBs negativos e 7% positivo. O governo tem tomados medidas que deveriam fazer o Produto Interno Bruto crescer como a queda dos juros, tanto da Selic como das taxas no varejo dos bancos oficiais, e o incentivo ao consumo com a redução do IPI e outras medidas. Mesmo assim colhe resultados bisonhos, contraditórios. Tão contraditórios que muita gente do governo acha que são falsos. Onde, então, está o problema e qual é a solução? No painel feito pela BBC que está aí, embaixo, os economistas têm um consenso: o Brasil está investindo pouco e errado. DO PAC AO DESENVOLVIMENTO Ao que parece o Plano de Aceleração do Crescimento lançado por Lula não prosperou como deveria. Será que faltou recursos? Não, os recursos eram de bom tamanho, mas, não chegaram à economia, e isso demonstra uma visão estreita e burocratizante

BARCO PERDIDO, BEM CARREGADO

A novidade do dia é que Paulo Vieira, aquele amigo de Rosy Noronha, quer se livrar do "domínio do fato", fazendo uma "delação premiada". Os cenários que podem surgir dessa novidade são de dois tipos: os ruins, caso a ameaça seja apenas um truque do Paulo Vieira para tumultuar o quadro, e os péssimos, caso contrário. Quando o STF deu a elástica pena de 40 anos a Marco Valério e apenas 10 a Dirceu, criou uma situação interessante, que favorece à delação. Valério perdeu o timing para livrar a si mesmo de uma pena severíssima. Calou a boca, acreditou que tudo se arranjaria, que as variáveis desfavoráveis seriam controladas. Mas, as variáveis desfavoráveis também mostraram-se incontroláveis. Parece que o Paulo Vieira percebeu que pode não conseguir controlar a situação simplesmente calando a boca, não irá repetir o erro do Valério. Caso realmente tenha liderado a quadrilha criará um tumultuo que servirá para ganhar tempo e espalhar uma dúvida razoável sobre sua inocên

SE VIVO FOSSE...

Viva Luiz Gonzaga, o rei do baião! Passarei minha vida falando de Gonzaga, mas hoje quero tratar de outra coisa, um deslize estilístico comum cometido por jornalista quando falam de personalidades que já morreram. É um jargão de abertura, um lugar comum para abrir um texto comemorativo, assim: "se vivo fosse fulano teria x anos...". Para se obter o efeito desejado a construção deve ser usada para alguém que morreu cedo. Então, poderia ser assim: Se vivo fosse Cazuza estaria com 54 anos, etc. Ou seja, estaria produtivo, nos alegrando, coisa e tal. Quando a construção é usada para pessoas que morreram há muito tempo perde o sentido: Se vivo fosse Pixinguinha estaria com 115 anos...ou seja, se vivo fosse já teria morrido há muito tempo. Hoje é o dia. Gonzaga completaria, se vivo fosse, 100 anos e já estaria mortinho da silva. Rarará!

PELA CONTINUIDADE DAS FORÇAS POPULARES NO PODER

Lula fez ontem, dia 12 de dezembro, a maior ameaça que pode conceber numa entrevista dada na Europa; disse que será candidato a sucessão de Dilma. Ora, esse não seria nem o momento certo e nem a atitude certa. Política se faz com sincronismo, existe momento para tudo. Lula lançar a própria candidatura agora seria decretar o fim do governo Dilma, desautorizar a presidenta a tomar qualquer atitude, transformá-la num mero enfeite. Lula, nesse momento, está sob ataque o que contaminaria toda a ação do governo, ampliando a possibilidade de derrota. O correto seria reforçar o governo de Dilma, que até agora passa incólume pela crise. Ela é a parte boa da história. Lançar a candidatura de Lula agora é contaminar o que está indo bem com o mal feito que não pertence à moça. A atitude de Lula é impensada e emocionalmente desequilibrada. Joga para agradar a sua própria vaidade e a militância petista, neopetista e petistófila. Nesse momento a direção do PT perdeu completamente qualquer a visã

A RABICHOLA DE SUA MÃE

Meu pai chegou como imigrante no Rio de Janeiro em 1927, com 17 anos. Ficou lá até 1942. Trabalhou numa padaria, em Niterói, onde aprendeu o oficio de padeiro e terminou como gerente, ajudando o proprietário, um português, a dirigir o estabelecimento. Aproveitando a oportunidade escreveu uma carta para um primo querido em Belo Jardim, Amaury de Barros Correia, para que fosse trabalhar no Rio, que garantia um emprego na padaria. O primo topou. Chegando em Niterói, foi destacado para o posto mais baixo do estabelecimento: entregador. Usava-se, naquele tempo, uma égua que o português deu o sugestivo nome de "Sua Mãe", era apenas uma brincadeira, mas, evidentemente, tinha a função de humilhar o "pernambuco", designação genérica usada para os imigrantes da nossa terra. O Amaury não digeriu muito bem aquela brincadeira. "Cuidado com Sua Mãe", "cuide bem de Sua Mãe", "Sua Mãe é muito preguiçosa", "Sua Mãe é namoradeira" e outras

RESPOSTA A UM VELHO COMPANHEIRO DE LUTA

Meu caro, obrigado pelo alerta de que estou sem referência política e ideológica. Vindo de um velho e bom amigo, de tantas lutas, escuto e levo em consideração. Felizmente, não posso dizer o mesmo de você, acho que está bem referenciado e ideologicamente definido. Fico feliz. Mas, mesmo perdido e sem nenhuma referência, continuo tentando perseguir duas qualidade que acho importantíssimas: humildade e prudência. Humildade para não me achar dono do conhecimento total ou proprietário da verdade absoluta, e prudência para, sendo humilde, refletir sobre o mundo e formar um juízo razoável. Orientado pela humildade, pela prudência e refletindo com a parca inteligência que tenho, fui conduzido a outro caminho, a outras referências e até a outras ideologias, por que não. Os gregos diziam que a inteligência, antes de ser uma dádiva, é um fardo, uma vingança dos deuses e concordo com eles. Sou-lhe sincero, preferia ter nascido menos inteligente do que infelizmente sou. Teria mais amigos, mais