VIVA AS KOMBIS! PEQUENO É EFICIENTE

O transporte público da região metropolitana do Recife não é para quem tem alguma propensão ao orgulho ou a soberba. É uma campo de penitências onde aprende-se a virtude da humildade pela humilhação e submissão. Um ato quase franciscano.
Devemos combater a soberba, já que é o mais perigoso dos sete pecados capitais. Tento fazê-lo com exercícios habituais de humildade. Uma das formas é o uso de transporte público.
O transporte público é um dos males que afligem os menos abastados no mundo moderno. Horas e mais horas desperdiçadas. Tempo que deveria ser usado em outras atividades.
A ligação entre o pobre e o ônibus lotado é imediata. É necessário humilhar o ser humano pobre, colocando-o para espremer-se num ônibus durante uma, duas ou até três horas por dia.
Mas já houve outros tempos. Quando as kombis circulavam o quadro era outro: pontos com pouca gente, ônibus novos com ar condicionado, rapidez e conforto.
Problemas? Sim, mas não devido a solução que era eficiente e efetiva e sim a ausência do poder público. Livres para fazerem o que desejavam, os kombeiros abusavam.
As kombis e bestas dividiam os passageiros em pequenos módulos. Um ônibus pode levar 80 pessoas, isso equivale a cinco bestas/kombi. Ora, existe muito mais arranjos para acomodar 5 bestas no trânsito do que um ônibus. Numa analogia a um jogo de batalha naval, é mais fácil localizar e destruir um porta-avião do que 5 submarinos (analogia porca, mas inevitável. Rarará!).
A tecnologia de refrigeração é mais simples e barata numa besta que num grande ônibus, o tempo usado nas paradas é menor pois existe mais manobrabilidade e menor quantidade de passageiros, uma besta quebrada prejudica menos e atrapalha menos o trânsito, mais empregos e renda, etc.
Normalmente quando se fala em transporte coletivo pensa-se em grande, mas eu quero pensar diferente, pequeno, modular, diluído, uma solução que use o que já existe e o que já foi testada com sucesso.

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